quarta-feira, 2 de setembro de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Exposição "Retratando o Acre"
A exposição “Retratando o Acre”, surgiu com a idéia de homenagear o estado do Acre, sua diversidade cultural, riqueza natural e paisagens.
Em minha primeira exposição individual, intitulada "Imagens da Amazônia", assim como muitos dos trabalhos que realizei, sempre retratava as nossas belezas naturais, nossas florestas e fauna exuberantes.
Neste trabalho, busquei um retrato mais urbano de nosso estado. Busquei imagens que retratassem as cidades, nossa população e história. Infelizmente, não foi possível retratar todos os municípios de nosso estado, como eu gostaria. Espero um dia poder percorrer todo o nosso estado retratando os demais municípios.
Artistas locais, já retrataram nossas paisagens naturais e rurais, como Hélio Melo, José Matos e outros, assim como, as paisagens urbanas retratadas por artistas como Jorge Rivasplatas e Jorfrannas. Entre eles, Jorfrannas foi quem mais incorporou o espírito do artista urbano, retratando inúmeros lugares de nossa capital, Rio Branco. Artistas clássicos como Monet, Renoir e outros, foram também fortes influências neste meu trabalho.
Renoir dizia que: “A dor passa, mas a beleza permanece”; “Porque a Pintura não pode ser Bela? O Mundo já tem coisas desagradáveis demais”. Renoir foi um grande mestre da pintura que não tinha vergonha de celebrar a beleza. Inspirado neste pensamento, busquei retratar as belezas locais, pontos turísticos e históricos, sem preocupações com os conceitos tidos como "contemporâneos".
Na minha humilde opinião, boa parte da arte contemporânea, exclui elementos como: beleza, harmonia, técnica, composição, forma entre outras coisas referentes às artes plásticas. Tudo se resume basicamente a uma idéia ou pensamento de um autor, e o resultado do trabalho nem sempre importa. Quase sempre o discurso acaba se tornando a obra e o trabalho já não fala por si só. Acho que a arte está perdendo muito com tudo isso. Vejo a arte contemporânea, como reflexo do “homem contemporâneo”, que é em alguns momentos , construtivo, sonhador e fantástico, e em outros, caótico, destrutivo, confuso e pessimista.
Melhor não entrar nesta discussão, até porque conceituar ou qualificar o que é bom ou ruim é privar o outro da liberdade de escolha.
Voltado ao motivo que me levou a escolha do tema, acredito que temos muita coisa boa para mostrar em nosso estado. Nossa fauna e flora são nossos maiores atrativos e nosso cartão de visita para o mundo, pelo menos era o que deveria ser, e temos uma das maiores biodiversidade do planeta. Mas, uma coisa que me chamou atenção nos últimos anos, foi o crescimento do carinho das pessoas pelo Acre. Nunca se viu tanta gente acreditando em nosso desenvolvimento. Nunca se viu tanta gente com orgulho de usar a bandeira acreana em camisetas, adesivos e cores. Nunca se vendeu tantas camisetas com o nome do Acre, estampado e com grafismos indígenas.
Toda essa onda de acreanismo me motivou a registrar um pouco de nossos lugares. Preocupei-me então em retratar lugares únicos e que são facilmente identificados pelo povo acreano, e não mais a floresta e fauna que poderia ser facilmente confundida com qualquer outra região amazônica.
Acredito que o artista é fruto de seu tempo e lugar, então, busquei fazer um registro de um lugar e de um tempo. Quem sabe em breve, muitas das imagens retratadas passaram a existir somente na lembrança de alguns, o que já acontece em algumas das obras apresentadas.
Espero que a Arte acreana, também se torne motivo de orgulho e de reconhecimento de seu povo. Temos grandes artistas e grandes talentos, nem sempre devidamente conhecidos e reconhecidos. Muitos deles só conseguem projeção fora do nosso estado ou mesmo país. Ainda temos um longo caminho para a valorização da arte acreana. Mas vejo, assim como, o movimento que levou e leva muitas pessoas a estampar com orgulho em seu peito o nome ACRE, surgindo ,ainda que timidamente, no rosto de alguns, um certo orgulho em dizer, “eu sou um Artista Acreano”.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Leilão do Mês
Histórico da Obra:
As araras além da beleza inigualável, possuem uma característica muito interessante, que explica o motivo de serem sempre retratas em pares ou casais. Andam em bandos ou casais que uma vez formado não se desfaz nem mesmo com a morte de um deles, o animal que sobrevive normalmente não voltam a forma outro casal. As araras quando isoladas ficam depressivas e tristes e em épocas de acasalamento chegam a arrancar as próprias penas.
As Araras são capazes de articular sons ou vozes de outros animais. São aves de fôlego curto, não cruzam longas distâncias, não voam muito. Mas são aptos a mover-se entre os ramos das árvores, graças ao formato do bico e de suas patas. O bico é robusto, em forma de gancho, e dos quatro dedos, dois dirigem-se para frente e dois para trás (pé zigodáctilo). A arara manipula o alimento com o pé.
Muito decorativas, suas penas são até hoje empregadas pelos índios como adornos de cocares. Vistosas penas, o tamanho avantajado, o bico muito rijo e a face lisa, são características das araras.
As araras podem viver em uma média de 60 anos de vida.
Arara Vermelha
Ave cujas regiões médias superiores das asas são amarelas. Distribui-se do México até o Brasil. (sinônimos: Aracanga, Araracanga, Ararapiranga, Arara-Macau).
Espécie: Ara macao.
Obra:
Também acompanha a obra uma cópia do registro de autoria emitido pelo AICOA: Arquivo Internacional Central de Objetos de Arte.
Dimensão: 90x60cm (sem moldura)
Técnica: óleo sobre tela
Ano de execução: 2008
Peso aproximado: 300 gramas